Hiperplasia Benigna da Próstata | Área HBP

Sildenafil Vs. Tadalafil para o Tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata

Num artigo publicado no Journal of Urology, Zahir et al foi estudada a utilização de sildenafil no tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata, avaliando a sua eficácia e efeitos secundários comparativamente a outro fármaco do mesmo grupo - inibidores da 5-fosfodiesterase – o tadalafil, aprovado pela FDA, e já utilizado, para o tratamento desta entidade.
 

O que são os inibidores da 5-fosfodiesterase?

Os inibidores da 5-fosfodiesterase são um grupo de medicamentos para o tratamento da disfunção eréctil. Atuam no relaxamento do musculo liso dos vasos do pénis para aumentar o fluxo sanguíneo. Os inibidores da 5-fosfodiesterase aprovados são o Sildenafil, Tadalafil, Vardenafil e Avanafil.

Num estudo que envolveu 33 doentes, todos os indivíduos foram submetidos a um tratamento de 6 semanas com sildenafil, seguido de um período de washout (período de pausa sem a toma de nenhum dos fármacos) de 4 semanas; a este, finalmente, seguiu-se um novo período de tratamento de 6 semanas com tadalafil. 

Os doentes foram examinados e em cada consulta foram avaliados o IPSS, o índice de qualidade de vida (índice IPSS-QoL) e o resíduo pós-miccional (RPM). 
 

O que é o IPSS?

Existem vários questionários e índices de sintomas que permitem avaliar de uma forma mais objectiva e quantificável a sintomatologia, podendo ajudar na monitorização da gravidade e evolução da doença. O mais utilizado é o IPSS (International Prostate Symptom Score), que utiliza um conjunto de sete questões relativas aos sintomas e uma pergunta independente sobre a qualidade de vida. Consoante a pontuação obtida a sintomatologia pode classificar-se em:

  • Ligeira 0 – 7
  • Moderada 8 – 19
  • Grave 20 – 35

A eficácia de cada regime medicamentoso foi avaliada através da comparação destes parâmetros de resultados. Verificou-se que tanto o sildenafil como o tadalafil demonstraram melhorar significativamente o RPM (ambos p < .001), o IPSS (ambos p < .001) e o índice IPSS-QoL (p < .001 também para ambos). O sildenafil foi mais eficaz do que o tadalafil na redução do RPM (diferença média (IC95%) = 9,91% (4,11, 15,72), p < 0,001) e na melhoria do índice IPSS-QoL (diferença média (IC95%) = 19,3% (4,47, 34,41), p = 0,027). 

Além disso, embora de forma não significativa, o sildenafil reduziu o IPSS mais do que o tadalafil (diferença média (IC 95%) = 3,33% (-0,22, 6,87), p = 0,065). A disfunção erétil concomitante não afectou a capacidade de resposta à terapêutica com sildenafil ou tadalafil. A idade foi inversamente relacionada com o IPSS pós-tratamento quer com a utilização de sildenafil quer de tadalafil, com um papel mais proeminente na capacidade de resposta ao sildenafil (β = 0,31) em comparação com o tadalafil (β = 0,19).
 

Conclusão

Tendo em conta a melhoria significativa da RPM e do índice IPSS-Qol com o sildenafil, este fármaco pode ser considerado como uma alternativa adequada ao tadalafil como tratamento da HBP, especialmente em doentes jovens, sem quaisquer contra-indicações.

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