A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) consiste no aumento do número de células da próstata, que por sua vez causa um aumento do volume deste órgão.
Anteriormente designada por “Hipertrofia” justamente por esse facto (o aumento de volume), a designação actualmente utilizada, Hiperplasia Benigna da Próstata, reflecte de forma mais precisa o processo fisiopatológico que origina esta doença. Antigamente era também assumido que se tratava de uma “neoplasia benigna”, terminologia actualmente também posta de parte, por não se tratar propriamente de um processo neoplásico.
Está intimamente relacionada com o envelhecimento e, embora poucas vezes ponha em risco a vida, interfere grandemente com a sua qualidade. O aumento progressivo da esperança média de vida transforma esta patologia num problema de saúde pública. O aparecimento de terapêuticas médicas eficazes nos últimos vinte anos levou a que um leque cada vez maior de médicos não urologistas aborde de uma forma eficaz a HBP.
Com efeito, e corretamente, HBP significa que ocorreu um aumento do número de células da próstata, sendo o aumento de dimensões uma consequência deste facto. Na prática, muitas vezes referimo-nos à “HBP” como traduzindo um aumento do tamanho da próstata que, por sua vez, causa um conjunto de sintomas relacionados com esta hiperplasia.
É importante destacar que os sintomas causados pela HBP não são específicos desta entidade e podem ser causados por diversas outras doenças.
Pode existir um aumento de volume da próstata sem causar obstrução à passagem de urina pela uretra e ao esvaziamento da bexiga (para confirmar esta obstrução pode ser necessário efectuar exames especiais, como o estudo urodinâmico do aparelho urinário inferior).
O conceito mais correto de “HBP” resulta assim, e em rigor, de uma combinação destas variáveis: hiperplasia histológica (ou seja, aumento do número de células), aumento de volume do órgão, presença de obstrução e presença de sintomas. Podem estar todas presentes ou apenas algumas delas.
Outro aspeto importante relaciona-se com o cancro da próstata. O aumento de volume que ocorre na HBP é causado por um problema benigno. A HBP desenvolve-se principalmente numa zona da próstata chamada zona de transição, situada à volta da uretra. Os tumores malignos da próstata, pelo contrário, surgem mais frequentemente numa zona designada por zona periférica (cerca de 70% dos tumores surgem nesta zona).
Isto explica porque é que o cancro da próstata pode evoluir durante muito tempo sem provocar quaisquer sintomas (ele é geralmente mais periférico, comprimindo a uretra apenas tardiamente). Explica, ainda, porque é que o aumento benigno da próstata provoca queixas urinárias mais frequentes e geralmente mais precoces do que o cancro. Tal facto acontece porque o aumento benigno, sendo mais central, comprime a uretra mais cedo e causa, por isso, dificuldades mais precoces à passagem da urina pela uretra e ao esvaziamento da bexiga.
Apenas cerca de metade dos homens afectados por este problema manifesta incómodo pela presença das queixas causadas pela HBP. Só estes deverão ser tratados, ou seja, se a HBP não causar sintomas que perturbem o dia-a-dia e o bem estar do homem afectado, não há necessidade de ser tratada. A excepção a esta regra ocorre quando a HBP provoca complicações ou consequências graves, sem que ocorram, previamente, sintomas que afectem a qualidade de vida dos indivíduos.
Com efeito, a HBP pode evoluir sem grandes manifestações clínicas, sem grandes queixas, de uma forma “silenciosa”, mas provocando alterações graves e por vezes irreversíveis na bexiga e/ou nos rins, entre outros órgãos. Deste facto decorre a necessidade dos homens serem regularmente avaliados, vigiados, para que a doença não progrida silenciosamente e não cause alterações graves, por vezes irreversíveis e eventualmente fatais, como a insuficiência renal.
A Hiperplasia Benigna da Prostata é uma das doenças mais frequentes nos homens. É muito mais frequente do que o cancro da próstata. É muito rara abaixo dos 30 anos, estando praticamente ausente nesta faixa etária.
A sua frequência vai aumentando progressivamente com a idade. Aos 90 anos, 88% dos homens terão alterações histológicas de HBP (ou seja, aumento do número de células). Mais de metade destes homens virão a desenvolver sintomas desta doença.
Aos 60, cerca de 20% dos homens apresentam um aumento palpável do volume da próstata e aos 80 anos este valor sobe para os 43% dos homens.
Mais importante ainda, mais de um terço dos homens com 50 anos apresentam algum tipo de sintomas relacionados com a HBP.
A sigla HBP significa, portanto Hiperplasia Benigna da Próstata. É utilizado geralmente como sinónimo de um aumento benigno da próstata. Em termos mais rigorosos, significa que existe um aumento do número de células da próstata (daí a designação “Hiperplasia” e não, como anteriormente, “Hipertrofia” - que queria dizer aumento do tamanho, do volume, da próstata).
HBP significa que ocorreu um aumento do número de células da próstata, sendo o aumento de dimensões uma consequência deste facto. Na prática, muitas vezes referimo-nos à “HBP” como traduzindo um aumento do tamanho da próstata que, por sua vez, causa um conjunto de sintomas relacionados com esta hiperplasia.
O conceito mais correto de “HBP” resulta assim, e em rigor, de uma combinação destas variáveis: hiperplasia histológica (ou seja, aumento do número de células), aumento de volume do órgão, presença de obstrução e presença de sintomas. Podem estar todas presentes ou apenas algumas delas.
Por outro lado, pode ocorrer um aumento de volume da próstata (às vezes muito significativo) sem existirem quaisquer queixas relevantes.
Finalmente, podem existir sintomas, por vezes graves, sem ser possível documentar quer um aumento de volume quer uma obstrução à drenagem da urina.
As queixas provocadas pela HBP eram antigamente designadas por “prostatismo” por se pensar que eram exclusivamente causadas pela próstata. Actualmente, no entanto, deverão ser designados por LUTS (do inglês “Lower Urinary Tract Symptoms”, ou seja, sintomas do aparelho urinário inferior) por se ter percebido que parte dos mesmos têm origem noutros órgãos (nomeadamente a bexiga), consequência do problema prostático e do envelhecimento.
Hiperplasia Benigna da Próstata caracteriza-se por um conjunto de sintomas que geralmente se instalam de uma forma mais ou menos progressiva, com uma intensidade crescente. No entanto, em muitos casos, essas queixas podem variar, ser “flutuantes” ao longo do tempo. Ou seja, as queixas provocadas pela próstata podem, em determinado período da vida, ser mais intensas e, noutras alturas, melhorar espontaneamente. Estas alterações na intensidade dos sintomas estão muitas vezes relacionadas com a dieta, ou seja, com o tipo e quantidade de alimentos que se ingerem, com os líquidos que se bebem (tipo e quantidade de líquidos), com medicamentos que se tomam e ainda com outros factores, como o estilo de vida, a presença de stress pessoal, profissional, familiar ou de outro tipo.
Se não tratada, pode ter consequências graves como a retenção urinária ou a insuficiência renal. Felizmente, as formas avançadas da doença são actualmente menos frequentes – embora ainda se diagnostiquem muitos doentes nesta fase da doença – graças às terapêuticas médicas, cirúrgicas minimamente invasivas existentes.
O aparecimento e agravamento dos sintomas devem-se não só à eventual obstrução, mas também a alterações vesicais compensatórias que surgem na sua sequência.
A HBP é uma doença que, de uma maneira geral, evolui continuamente e a probabilidade de progressão (agravamento sintomático ou eventos graves como a retenção urinária ou necessidade de cirurgia) aumenta com:
Os sintomas da HBP estão relacionados à compressão da uretra e da bexiga devido ao crescimento da próstata.
As causas exatas da HBP ainda não são totalmente compreendidas, mas vários fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento.
O pilar fundamental do diagnóstico é uma história clínica cuidadosa e um exame objectivo dirigido.
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