A população masculina com Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), ou aumento benigno da próstata pode experienciar, além de sintomas relacionados com a função urinária, algum grau de disfunção erétil e de problemas com a ejaculação. Em relação a este último grupo de perturbações, vários sintomas se podem desenvolver, tais como:

• ejaculação retardada;
• ejaculação retrógrada;
• redução do volume ejaculado;
• dor ou desconforto ao ejacular;
• anejaculação (incapacidade em ejacular).

Uma próstata de maiores dimensões, por si só, pode fisicamente afetar os ductos ejaculatórios (canais que são responsáveis pelo transporte do ejaculado até à uretra) causando a sua obstrução ou provocando alterações funcionais que ultimamente levam a dificuldades na ejaculação.

No entanto, os próprios tratamentos para a HBP podem motivar o aparecimento destes sintomas. Por exemplo, os alfa-bloqueantes como a tansulosina, alfuzosina ou silodosina podem afetar os músculos envolvidos na ejaculação, causando uma ejaculação retrógrada (entrada do ejaculado na bexiga em vez de sair pela uretra) ou reduzir o volume de sémen. Por outro lado, fármacos que inibem a produção local de testosterona como finasterida ou dutasterida estão associados a diminuição da líbido (em taxas de apenas ~3%) e, em alguns casos, disfunção erétil.

É aconselhado consultar o seu médico urologista acerca destes sintomas, dado que na maioria dos casos, através de mudança de estilos de vida, diminuição do stress diário, alteração de medicação oral ou recorrendo a técnicas cirúrgicas preservadoras de ejaculação se consegue resolver de forma satisfatória e com incremento na qualidade de vida tais efeitos indesejáveis na ejaculação